segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Drenagem Linfática Manual





     Em 1652 o sistema linfático foi descrito pela primeira vez evidenciando a existência da circulação linfática com seus vasos e ramificações. Mas sua anatomia precisa só começou a ser estudada em 1876, mais de um século após sua descoberta. Em 1883 Sappey descreve os trajetos dos vasos e as zonas ganglionares. As primeiras manobras de drenagem linfática manual com o propósito de reabsorver edemas foram realizadas em 1892 pelo professor Winiwarter, um cirurgião austríaco. Entre 1932 e 1936 Emil Vodder inicia manobras de drenagem linfática manual (DLM) e funda uma escola em 1970 para difundir o método que só foi reconhecido oficialmente em 1984.
     A linfa é considerada, juntamente com o líquido cefalorraquidiano, o líquido mais nobre do organismo. Ela é composta em 96% de água e pode ser incolor ou esbranquiçada. A linfa circula em todo o corpo, exceto tecidos não vascularizados, em ritmo lento (4mm/s) e o seu volume total de escoamento diário é em torno de 2 a 5 litros, podendo alcançar 20 litros em caso de doença. Os vasos linfáticos transportam a linfa da periferia para a profundidade do organismo porque 80% da linfa circula na superfície. A circulação linfática é muito lenta, em circuito aberto e tem objetivo de depuração do meio interior. Sua aceleração, através da DLM, diminui a permanência de bactérias, vírus e células anômalas nos órgãos, sendo levados aos gânglios linfáticos onde são destruídos pelos linfócitos (que produzem anticorpos) e pelos macrófagos (que os destroem). Portanto, a Drenagem Linfática Manual é considerada o “desentupimento” contínuo dos espaços intercelulares.
     A drenagem linfática manual é um método fisioterapêutico de massagem com pressões suaves, lentas, intermitentes e relaxantes que seguem o trajeto do sistema linfático. Tem como objetivo a redução de edemas linfáticos, celulite, retenção hídrica, acne, pré e pós operatórios das cirurgias estéticas, melhoramento da tensão pré menstrual e eliminação de líquidos no pós menstrual.
     A DLM proporciona a regeneração e a defesa dos tecidos, melhorando a diurese e, conseqüentemente, a eliminação de toxinas equilibrando o organismo. A DLM melhora ainda as funções essenciais do sistema circulatório linfático mobilizando e potencializando todo o sistema. Além disso, a DLM é um tratamento preventivo para o envelhecimento pela manutenção da funcionalidade do transporte linfático e do estado do tecido intersticial – homeostase.
     A DLM tem como efeito a nutrição das células, o aumento do volume de linfa e da velocidade do seu transporte promovendo melhor oxigenação dos tecidos, fortalece os mecanismos biológicos, promove a desintoxicação muscular esquelética, o reforço da capacidade de autodefesa do corpo humano, a colaboração na distribuição de hormônios, ativação, limpeza e regeneração dos tecidos e restauração da energia positiva.
     A DLM nunca deve ser agressiva, dolorosa ou provocar hiperemia ou hematomas, não podendo realizar movimentos muito rápidos ou pressão excessiva. As sessões devem ter duração entre 25 e 75 minutos e realizadas de 2 a 3 vezes por semana para que os resultados desejados sejam alcançados.